Sexta, 26 de Abril de 2024
24°C 30°C
Parnaíba, PI
Publicidade

Chico Diaz encena peça sobre confinamento, lucidez e loucura no FestLuso

Espetáculo “A lua vem da Ásia” será apresentado no Festival de Teatro Lusófono no dia 24 de novembro, com entrada livre

18/11/2021 às 11h55
Por: Nichollas Castro Fonte: Secom Piauí
Compartilhe:
Foto: Reprodução/Secom Piauí
Foto: Reprodução/Secom Piauí

Chico Diaz encena peça sobre confinamento, lucidez e loucura no FestLuso
Foto: Reprodução/Secom Piauí

Confinamento, solidão, lucidez, loucura e criação como salvação. Em um universo surreal e ao mesmo tempo real, o ator, dramaturgo, diretor e produtor Chico Diaz apresenta o espetáculo “A lua vem da Ásia” no Festival de Teatro Lusófono – FestLuso, que acontece em Teresina entre os dias 22 e 28 deste mês (veja programação no final do text0).

Chico Diaz tem mais de 40 anos de carreira nas artes audiovisuais, com participação em mais de 80 filmes, 22 novelas e inúmeras peças teatrais. Em Teresina, sua apresentação será no dia 24 de novembro, a partir das 19 horas, no Theatro 4 de Setembro. A entrada é gratuita, mas será exigido o cartão de vacinação com as duas doses.

A peça retrata o diário de um homem hospedado em um hotel de luxo – ou talvez um campo de concentração ou um manicômio. Tendo a loucura como tema central, o protagonista enfileira recordações (ou alucinações?) de suas passagens por diversos países, tornando-se o narrador de um mundo governado pela lei do absurdo, mas que parece assustadoramente semelhante à nossa normalidade.

“É preciso gritar. Como artista, é obrigação gritar. O grito foi dado ao homem; é uma forma de defesa como outra qualquer”, explica o ator Chico Diaz sobre o motivo para encenar a peça “A lua vem da Ásia”, que ele mesmo adaptou do romance homônimo do escritor mineiro Walter Campos de Carvalho (1926-1998).

O FestLuso 2021 tem patrocínio do Governo do Estado do Piauí / SECULT / SIEC e Equatorial Piauí; apoio República Portuguesa – Cultura e Dg’Artes; produção: Navilouca Produções e realização: Grupo Harém de Teatro.

Mais sobre “A lua vem da Ásia”
O romance de Campos de Carvalho é um livro limite: o que está durante todo o tempo por um fio é a capacidade do homem de ser livre e de pensar livremente. O personagem, encerrado na voz de uma primeira pessoa narrativa, inicia seu ambicioso projeto de libertação a partir da própria linguagem, pois a expressão é o seu único escape. O personagem reflete o complexo comportamento da sociedade ocidental a partir da expansão da cultura de massa, marcado pelo isolamento e perda do sentido de coletivo, pela desmaterialização da realidade e pela fragmentação do indivíduo.

A peça “A lua vem da Ásia”, assim como o livro, levanta questões sobre os limites do poder, das hierarquias e o lugar de cada cidadão na sociedade.

O livro e o autor
Publicado originalmente em 1956, o livro “A Lua vem da Ásia” marca o nascimento da narrativa surrealista de Walter Campos de Carvalho (1926-1998), escritor mineiro radicado em São Paulo. Autor de pelo menos quatro pequenas obras-primas da literatura brasileira – “A Lua vem da Ásia” (1956), “Vaca de nariz sutil” (1961), “A chuva imóvel” (1963) e “O púcaro búlgaro” (1964) –, faleceu em 1998, após abandonar a literatura como profissão. Apesar de notório mau-humor, o escritor – o primeiro, e talvez o último escritor surrealista do Brasil – tinha no riso o seu instrumento de crítica. O riso como uma forma de apontar as falhas da sociedade de massa, consumista e belicosa. Em seus textos, pretendia trabalhar a demolição d e todos os valores burgueses através do nonsense; a redução do amor à sua forma fisiológica: o sexo; a redução da vida à morte.

Histórico da peça
A peça estreou em 2011, no CCBB do Rio de Janeiro, e percorreu também as unidades de Brasília e São Paulo, sempre com sucesso de crítica e público. Voltou a fazer novas temporadas ao longo dos anos, sendo apresentada em 2020 no projeto #EmCasaComSesc, criado por ocasião da quarentena e recentemente fez parte da programação no 38º Festival de Almada em Portugal.

Sobre Chico Diaz
Chico Diaz tem mais de 40 anos de carreira nas artes audiovisuais – como ator, dramaturgo, diretor e produtor, em mais de 80 filmes, 22 novelas e um sem número de peças. Filho de um intelectual paraguaio e de uma tradutora brasileira, ele nasceu na Cidade do México, tendo sido registrado na Embaixada do Brasil. Chegou ao Rio de Janeiro em 1969 e, aos 14 anos, começou a fazer teatro no Tablado. Seus primeiros trabalhos, ainda como amador, foram entre os anos 1970 e 1980, período em que integrou o grupo Manhas e Manias ao lado de Pedro Cardoso, Andrea Beltrão e Débora Bloch. De lá para cá, dividiu-se entre palcos, estúdios de TV e cinema. Mas também formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ e sempre encontrou tempo e espaço para a pintura, seu hobby.

Ficha técnica
Texto original: Walter Campos de Carvalho
Adaptação e atuação: Chico Diaz
Vídeos: Eder Santos e Trem Chic
Trilha sonora: Alfredo Sertã
Direção de Produção: Wagner Uchôa
Duração: 60 min
Gênero: drama
Classificação: livre

Chico Diaz encena peça sobre confinamento, lucidez e loucura no FestLuso
Foto: Reprodução/Secom Piauí

Chico Diaz encena peça sobre confinamento, lucidez e loucura no FestLuso
Foto: Reprodução/Secom Piauí

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Parnaíba, PI
26°
Tempo nublado

Mín. 24° Máx. 30°

28° Sensação
2.49km/h Vento
90% Umidade
100% (4.87mm) Chance de chuva
05h44 Nascer do sol
05h45 Pôr do sol
Sáb 26° 24°
Dom 28° 24°
Seg 29° 23°
Ter 30° 25°
Qua ° °
Atualizado às 22h05
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,16 0,00%
Euro
R$ 5,54 -0,01%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,10%
Bitcoin
R$ 351,933,46 -1,01%
Ibovespa
124,645,58 pts -0.08%
Publicidade
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias